quarta-feira, 8 de maio de 2013

PSD DE PASSOS PODE FICAR ÓRFÃO DE SEU CRIADOR


Embora ainda em processo de formalização na Justiça Eleitoral, o novo partido Mobilização Democrática (MD), criado a partir da fusão do PPS e do PMN, se iniciará em Minas Gerais não apenas com três deputados estaduais e um federal, mas também como válvula de escape para os insatisfeitos com o PSD. Acumulando divergências com a condução política no estado, Alexandre Silveira, deputado federal licenciado e atual secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, está em compasso de espera. Outros cinco deputados estaduais do PSD, que pretendem apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, já preparam a saída da legenda, que apoiará a reeleição de Dilma Rousseff (PT) sob a batuta de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo.

“Participamos de um grupo. Não tenho dúvidas de que o PSD caminhará com Dilma e temos indicativo de que fechará como um todo com o PT e o PMDB nos estados”, afirma o deputado estadual Duarte Bechir considerando ter compromisso com Aécio Neves. Planejam deixar o PSD com destino ao MD, além de Duarte Bechir, Neider Moreira, Doutor Wilson Batista e Cássio Soares, hoje secretário de Estado de Desenvolvimento Social. “Vamos desembarcar em grupo. Se continuarmos com o grupo, poderemos buscar uma coalizão ampla nas eleições proporcionais. Estamos encontrando no MD essa compreensão de nascer grande”, considera Duarte Bechir. Também está de olho na nova legenda o deputado Glaycon Franco (PRTB), suplente de Cássio Soares. 



O deputado Gustavo Valadares, que deixou o DEM para filiar-se ao PSD, tampouco descarta a possibilidade de migrar. “Estou no PSD esperando clarearem as coisas. Existe a possibilidade de uma nova ação truculenta da direção, como ocorreu na eleição à Prefeitura de Belo Horizonte. Ficar num partido que deixa brecha para esse tipo de intervenção traz insegurança política grande”, considera Valadares, referindo-se ao fato de que no ano passado o PSD rachou na eleição à PBH. A direção nacional determinou o apoio a Patrus Ananias (PT), mas alguns deputados capitaneados por Alexandre Silveira brigaram na Justiça para manter os dois minutos da legenda de propaganda política com a campanha de Marcio Lacerda (PSB).

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