Com a temporada de defecções aberta no ano passado pelo PSD sobre as bases principalmente do PSDB, do PMDB, do PPS e do DEM, as legendas ainda não têm um levantamento preciso do número de prefeitos e de vereadores com que contam hoje para enfrentar as disputas municipais em outubro, nas cidades brasileiras. Com quase 700 prefeitos, superando o PT, que saiu das urnas em 2008 como a terceira legenda que mais conquistou cidades, a “estrutura emprestada” dos vários partidos será a base com que o PSD introduzirá maior concorrência aos pleitos.
A competição eleitoral tem sido crescentemente acirrada ao longo da última década, principalmente nas disputas proporcionais. Nelas é maior a presença do número de partidos nanicos. As pequenas legendas tendem a concorrer mais ao cargo de vereador do que ao cargo de prefeito em decorrência do maior custo das campanhas majoritárias.
Entre 2000 e 2008, ao mesmo tempo em que o PMDB manteve a presença em 5.211 cidades, com chapas proporcionais completas, partidos como o DEM, o PSDB, o PP e o PTB repetiram uma participação política consistente em mais de quatro mil cidades. Com um crescimento de 46%, o PT saltou de 3.411 cidades em 2000 para 4.976 em 2008.
Legendas médias e pequenas também expandiram a sua presença. O PR saiu de 2.530 em 2000 para 3.701 cidades oito anos depois. O PDT saltou de 3.080 para 3.959 municípios e o PPS de 2.620 para 3.170. Da mesma forma o PSB ampliou de 2.010 para 3.519 as chapas proporcionais apresentadas. Entre os pequenos, houve ainda grande crescimento de chapas proporcionais apresentadas no período, tornando a disputa para as câmaras municipais mais apertada.
Para este ano, entre partidos considerados grandes, médios e pequenos, o discurso é o mesmo: o alvo é eleger mais vereadores e mais prefeitos. Se para a disputa proporcional a tendência é de que os partidos continuem ampliando a participação nas cidades brasileiras, para a disputa majoritária, a grande novidade será a presença de um partido novo que nasce mediano e com alguma estrutura para buscar financiamentos que tornem as suas candidaturas competitivas:
o PSD.“O PSD conta com as estruturas que importou prontas”, avalia Roberto Brant, vice-presidente nacional do partido. Segundo o líder da bancada federal, Guilherme Campos (SP), a legenda conta hoje com aproximadamente 700 prefeituras e três mil vereadores em todo o país. “O balanço preciso, só teremos depois do carnaval”, avalia ele, repetindo um refrão frequente em todos os grandes partidos que perderam prefeitos e vereadores para o PSD.
Assim como PMDB, PT, PSDB, PPS, DEM, que como o PSD não sabem avaliar de que tamanho exato estão hoje, no plano municipal, a meta de todos é a mesma: conquistar mais prefeituras, preparando as bases para as disputas estaduais e presidencial de 2014.
Ao longo da última década, PMDB, DEM, PSDB, PP, PTB e PPS encolheram em candidaturas majoritárias nas cidades brasileiras. Ao mesmo tempo, PT, PR, PDT, PSB, PV, PSC, PCdoB, PMN, PRP, PSC, PHS, PTC, PRTB, PTN, PRB e PSOL aumentaram a presença nas cidades com maior número de cabeças de chapa.
Este ano, os grandes precisam correr para não perder mais espaço. “Nossa meta é conquistar mil prefeituras e, para isso, logicamente, teremos de lançar mais candidatos em mais cidades”, afirma o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), presidente do partido em Minas. O PSDB lançou 1.777 candidatos e conquistou 790 prefeituras em 2008, alcançando o segundo lugar em número de prefeitos eleitos, atrás do PMDB, que teve sucesso em 1.199 cidades onde disputou com a cabeça de chapa.
Fonte: em.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário