A prática de utilizar asfalto enriquecido com
borracha pulverizada proveniente de pneus inservíveis nas rodovias paulistas é
lei no Estado de São Paulo desde o início do ano. O objetivo é contribuir para
a destinação adequada para as mais de 320 mil toneladas de pneus coletados no
País, equivalente a 64 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. A
prática de utilizar a borracha dos pneus no asfalto já vem ocorrendo desde que
a patente que protegia a tecnologia venceu nos Estados Unidos há doze anos.
Atualmente, 63% dos pneus inservíveis são utilizados como fonte de energia em
fornos de cimenteiras em substituição ao coque de petróleo. Os outros 37% são
reutilizados em diferentes finalidades: fabricação de solados de sapatos,
borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos
industriais, tapetes de automóveis e manta asfáltica.
A pioneira em utilizar asfalto reciclado com pneus
foi a concessionária Univias, há mais de dez anos, na BR-116. E o governo do
Rio de Janeiro recebeu o prêmio internacional da associação Rubber Pavements
pela utilização ambientalmente correta de asfalto-borracha na Rodovia RJ-122.
A Rodovia dos Bandeirantes, no trecho entre Campinas e São Paulo,
sentido Capital, já está pavimentada com a mistura de massa asfáltica com
borracha obtida a partir desses pneus que não são mais usados. De acordo com
Guilherme Bastos, gerente de obras da AutoBan, o asfalto-borracha aumenta a
vida útil do asfalto. Bastos calcula que o custo fica 25% a 30% mais caro,
porém dura 30% a mais que o asfalto normal. A Autoban também refez a pista com
reciclagem do asfalto velho, triturado e enriquecido com cimento e pó de pedra
em usinas móveis.
Já a concessionária Ecovias, que administra o Sistema
Anchieta-Imigrantes e utiliza o material em mais da metade de todo o pavimento
das rodovias administradas, desenvolveu sua própria usina de asfalto capaz de
fabricar tanto o produto comum como o asfalto-borracha.
Fonte: eptv.com.br/sp
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